quarta-feira, 11 de maio de 2011

Poema da caixa azul.

 

Fazer, refazer



Tocar, retocar



Escrever e apagar



A caneta não apaga



Onde estão os meus valores?



Perdi-me com tantos amores



Dos meus versos faço prosa



Minha prosa vira verso



Versos cansados, versos amargos



Saturados e inacabados



As lacunas são tamanhas



Culpa de minhas decisões



Como sou tola de “decorar” certas canções



Como posso eu pensar em adições



Tudo “trapaça”, tudo se opõe



Tudo se quer nada EU sei



As gotas caem pingo a pingo em meu oceano



Gotas de óleo, gotas de sangue



Gotas de gente...



Quem lhe deu permissão de invadir e poluir minhas manchas em meu mar?



Não tenho força em meu olhar, meu diafragma não guarda ar.




Carla Guerra.







Nenhum comentário:

Postar um comentário