sábado, 12 de fevereiro de 2011

Nossa Sexta.

Sem Beijo e sem queijo
Noite ½ boemia com Claudinha
Nós, a chuva, a cadeira e a mesa
Que vai, mas não cai
A Carla chuta, mas ela não cai
Pensamentos  à toa, turbinado, nem ligo
Vamos pra frente que atrás vem gente
Campania, noite fresca,
Chope quente faz a alegria da gente
Visão bonita não existe
Isso é a maravilha de nossa crendice
(falta de palavra a ser colocada)
A Maravilha do que existe, não existe beleza
A redundância é tamanha
O que
Existe? O que não existe?
A alegria é farta, porque temos com quem compartilhar
Alegria quando não existe, seca,  murcha e para de existir
Ela some...
Não existe mal humor, falta de assunto (afinal, para nós tudo é assunto)
Não existe tempo ruim, apenas chuva, mas chuva lava a alma
Temos devaneios, sorrisos
Nosso “golinho” da amizade
O que já não existe mais é SENSIBILIDADE (perfeita hora de “tomar” uma rasteira
E a lacuna de um sorriso ausente
Faltava mais amigo, não que isso fosse preciso
Não iria escrever isso , para não parecer egoísmo
Mas  seu coração é grande e sua letra é tamanha...
Grandioso será nosso tombo físico !
Poético será quando não  pensarmos em mais nada além de nós
E ponto final. “Cabou”
A Carla quer viver ! E eu também !

Claudia Duarte e Carla Guerra
Fevereiro/11
Sexta-feira,22:06.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sem Título.

Sob a meia luz propositalmente causada, estava ela sentada, ouvindo um som que não lhe proporcionava emoção naquele momento. Era plena quarta-feira , um dia após o feriado que havia passado. Fazia muito frio naquela noite , mesmo quando tudo parecia mórbido a seu redor, ela continuava com sua lamparina acesa , intrínseca em seu eu, pensava sobre os mais diferentes assuntos (“Ela é tão bonita...eu tive ela na mão acredita ?”*) enquanto olhava os carros que passavam na rua, pensava no que veria , no que viveria. Passou então a olhar os quadros nas paredes do lugar onde ela sozinha permanecia, passou a analisar o quadro que estava acima de sua cabeça e da mesa forrada de chita e da cadeira de madeira que era onde estava sentada. A figura da tela parecia um anjo negro, algo abstrato, entretanto detalhado em uma mistura de bem e mal representada em cores roxa, rosa , verde, preto...Não seria um anjo, talvez fosse um santo, seria ele Obaluaê ? Sim, porque tinha em seus pés guizos coloridos, como a imagem aparecia solitária, era como a descrição de sua história (Sentia-se envergonhado por sua doença (a lepra), por isso escondia-se). Se de fato fosse o Santo, saberia que a moça não estava medindo-o, apenas identificou-se com a solidão que a corroia minuto a minuto , enquanto aguardava uma leve brisa chegar.

Carla Guerra.